
Fora de controle
Estou farto desta vida de exigências
Tudo é controle, imagem e aparências
Tudo que se faz tem de ser calculado
Pois o próximo é o mal que mora ao lado
Enfim, eis a maior invenção do homem
Aquela a que ele tanto quis chegar
O homem robô que não pensa
Um exército fácil de controlar
A globalização mundana é chamariz
Todos pensam vivem parecem iguais
Assim mesmo sem espaço para ideais
E quem não acredita em zumbis
Não existe mais
Senhor, perdoa-lhes,
Eles não sabem o que fazem
Não sabem nem quem são
Não conhecem a realidade
Não sabem para onde vão
Não são pagos para pensar
São produtos industrializados
Repetidos, regravados
São apenas enlatados
E fechados a vácuo.
E quem tenta fugir do controle
Não tenha esperanças jamais
Pois se eles descobrem
Julgam, condenam, encobrem
Até você voltar atrás.
Autor: Lucílio Fontes Moura
Nenhum comentário:
Postar um comentário