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Nada somos e nada conseguiremos, senão através Dele.

"Quando a última árvore tiver caído, quando a último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, a humanidade entenderá que dinheiro não se come". (Autor desconhecido)

Antes de imprimir veja se realmente é necessário. Pense em seu compromisso com o Meio Ambiente.

"O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã."

" Só entendi o valor do silêncio no dia que resolvi calar para não magoar alguém."

"Nada somos e nada conseguiremos, senão através Dele". (pense nisso)

Dedico Este Blog:

À Luz Divina que tudo abençoa, fortifica e transmuta.

A moral da história é simples: se acreditarmos em nós próprios e nas nossas capacidades, conseguiremos sempre atingir os nossos objectivos.


Kung Fu Panda

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.

Martin Luther King

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A pior forma de desigualdade é tentar fazer duas coisas diferentes iguais.

Aristóteles

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31 de julho de 2010

Entenda a PNRS




Entenda a PNRS

O plenário do senado aprovou, nesta última quinta-feira o projeto de lei que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Porém, poucos sabem o que diz essa medida, quais as suas repercussões e o que mudará caso o projeto seja sancionado pelo governo federal.
O Brasil produz, diariamente, 150 milhões de toneladas de lixo e está atualmente entre os cinco maiores produtores do mundo.

A nova Política Nacional vem para tentar minimizar este problema, uma vez que agora não apenas o governo, mas os produtores e até os consumidores são responsáveis pela destinação e tratamento correto do seu material obsoleto, através do processo de logística reversa.

Um trecho do autor Rogério Ferro, escrito no portal do Instituto Akatu, evidencia quais as medidas que cada parte deverá tomar após o implemento da PNRS:

“O que muda com a nova lei
Em geral, o projeto estabelece a “responsabilidade compartilhada” entre governo, indústria, comércio e consumidor final no gerenciamento e na gestão dos resíduos sólidos.

As normas e sanções previstas em caso do descumprimento da lei aplicam-se às pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos.

Consumidores
- Pela lógica da “responsabilidade compartilhada”, os consumidores finais estão também responsabilizados e terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação onde houver coleta seletiva;

- Os consumidores são proibidos de descartar resíduos sólidos em praias, no mar, em rios e em lagos.

Poder público
- Depois de sancionada a lei pelo Presidente da República, os municípios terão um prazo de quatro anos para fazer um plano de manejo dos resíduos sólidos em conformidade com as novas diretrizes;

- Todas as entidades estão proibidas de manter ou criar lixões. As prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem;

- A União, os Estados e os municípios são obrigados a elaborar planos para tratar de resíduos sólidos, estabelecendo metas e programas de reciclagem;

- Os municípios só receberão dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão;

- Os consórcios intermunicipais para a área de lixo terão prioridade no financiamento federal;

- O texto trata também da possibilidade de incineração de lixo para evitar o acúmulo de resíduo”

(Rogério Ferro – Insituto Akatu) – retirado do portal da internet

Nota-se, então, o evidente progresso que trará a PNRS, caso seja sancionada pelo governo. Sim, as responsabilidades aumentam, mas o planeta agradece.

Assista o vídeo feito por André Trigueiro para a sessão Cidade e Soluções

Não mais,
Eduardo

Senado aprova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)



Senado aprova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
Após 20 anos de batalha aguerrida, fruto da união de forças e alinhamento de todos os setores engajados com a gestão de resíduos no País, a
PNRS foi aprovada no dia 7 de julho.
Com a sanção da lei, teremos um novo cenário na reciclagem e aproveitametno de milhares de materiais hoje descartados no lixo.
As sacolas plásticas, por exemplo, hoje utilizados para colocar o lixo doméstico, serão menos necessárias a partir da vigência da nova lei. Isto porque
os instrumentos de logística reversa e coleta seletiva, presentes na PNRS, estimularão a reciclagem e a compostagem.
É um novo momento. Parabéns a todos que lutaram pela aprovação da PNRS!
Parabéns, Conselheir@s e demais colaboradores do CONAMA,A aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos é mais uma vitória deste
Conselho, porque o Projeto de Lei aprovado contém importantes contribuições dos conselheiros, propostas desde 1999, inclusive por dois seminários
realizados em 2004 e 2005.
É uma vitória também porque diversas resoluções em vigor vêm experimentando dispositivos avançados, de acordo com competências estabelecidas
pela Lei 6.938/81, que estão sendo confirmados neste novo marco legal, a ser sancionado pelo Presidente da República, o que propiciará melhores
condições ao trabalho normativo.
Cordialmente,
Nilo DinizDiretor do Conama/MMA
Fonte: CONAMA

30 de julho de 2010

Senado aprova PNRS: lixo, agora, é problema de todos






Senado aprova PNRS: lixo, agora, é problema de todos
Sérgio Adeodato - Edição: Mônica Nunes
Planeta Sustentável

O Senado aprovou nesta quarta-feira, dia 7, a lei que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos, encerrando uma novela que já durou 21 anos no Legislativo. Trata-se de um marco histórico na área ambiental, capaz de mudar em curto tempo a maneira como poder público, empresas e consumidores lidam com a questão do lixo. Entre as novidades, a nova lei obriga a logística reversa -- o retorno de embalagens e outros materiais à produção industrial após consumo e descarte pela população.

As regras seguem o princípio de responsabilidade compartilhada entre os diferentes elos dessa cadeia, desde as fábricas até o destino final. Os municípios, por exemplo, ganham obrigações no sentido de banir lixões e implantar sistemas para a coleta de materiais recicláveis nas residências. Hoje, apenas 7% das prefeituras prestam o serviço.

A lei consagra no Brasil o viés social da reciclagem, ao reforçar o papel das cooperativas de catadores como agentes da gestão do lixo, com acesso a apoio financeiro, podendo também fazer a coleta seletiva nos domicílios, destaca Victor Bicca, presidente do Cempre - Compromisso Empresarial para Reciclagem. Existem no país cerca de 1 milhão de catadores, em sua maioria autônomos, que trabalham em condições precárias e sob exploração de atravessadores.

Empresas que já adotam práticas em favor da reciclagem, dentro do conceito de sustentabilidade, terão maior campo para expansão. A partir de regras claras, diz Bicca, a reciclagem finalmente avançará no país, sem os entraves que a inibiam, apesar dos avanços na última década por conta do dilema ambiental. E ele acrescenta: Sem um marco regulatório nacional, a gestão do lixo estava ao sabor de leis estaduais que variam de região para região e, em alguns casos, impõem taxação e metas para a recuperação de embalagens após o consumo. O empresário lembra que, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o país perde R$ 8 bilhões por ano ao enterrar o lixo reciclável, sem contar os prejuízos ambientais.

O atraso da lei gerou danos ambientais significativos, a exemplo da multiplicação de lixões, que neste ano resultou em mortes nas encostas de Niterói durante as chuvas de verão, além do despejo de resíduos em cursos de água, afirma o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), responsável pela versão final do projeto na Câmara dos Deputados, onde recebeu mais de cem emendas. Não foi um tempo jogado fora, porque nesse período a consciência da sociedade despertou para o problema e conseguimos maior convergência de posições, ressalva o deputado.

Desde fevereiro, a lei aguardava votação no Senado, com apoio do governo federal, consenso entre diferentes setores envolvidos no debate e acordo de lideranças partidárias para acelerar o processo. Nesta quarta-feira, em sessão conjunta das comissões de Cidadania e Justiça, Assuntos Sociais, Assuntos Econômicos e Meio Ambiente, o projeto recebeu os últimos ajustes e foi levado ao Plenário, contendo 58 artigos em 43 páginas. Foi aprovada pouco depois das 21h.

Após a assinatura do Presidente da República, a lei voltará ao Legislativo para a regulamentação, definindo itens ainda pendentes, como incentivos financeiros e regras específicas para a logística reversa, que serão estipuladas mediante acordos entre os setores industriais.

Pela lei recém-aprovada, a logística reversa começará pelas embalagens de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e produtos eletroeletrônicos e seus componentes, como computadores, telefones celulares e cartuchos de impressão.

A lei proíbe a importação de qualquer tipo de lixo. Também não será permitido catar lixo, criar animais ou morar em aterros sanitários. O novo modelo muda o enfoque atual da gestão de resíduos, baseado unicamente na geração, coleta e disposição final do lixo, explica Carlos Silva Filho, diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais - Abrelpe. Agora a preocupação é mais abrangente, envolvendo desde a redução dos resíduos com práticas de consumo consciente até a otimização da coleta e novas modalidades, como o uso do lixo para gerar energia, ficando o despejo, em aterros sanitários, como última alternativa. Carlos Silva lembra que agora é preciso resolver como cobrir o custo da implantação desses processos, mediante novos sistemas de remuneração.

Fernando von Zuben, diretor de meio ambiente da Tetra Pak, comemora o desfecho da nova lei após espera de duas décadas: A reciclagem deverá duplicar em cinco anos no Brasil. Como exemplo, a indústria que ele representa - fabricante de caixas para leite, sucos e outros alimentos - planeja aumentar de 26% para 40% a recuperação das embalagens após o consumo, até 2011. Na entrevista abaixo, von Zuben comenta os avanços da nova lei e a perspectiva futura da reciclagem em favor do desenvolvimento econômico, da geração de renda e da melhor qualidade de vida nas cidades.

Qual o principal marco divisor de águas da nova lei e o que mudará no curto ou médio prazo para solucionar o problema do lixo? O ponto central é a responsabilidade pela gestão dos resíduos, compartilhada entre governo, empresas e população. Hoje existe uma grande bagunça, com uns jogando a responsabilidade sobre outros. Estamos na Idade da Pedra quando o assunto é lixo urbano, mas agora, com as regras do jogo definidas, a realidade deve mudar. Será mais fácil exigir que cada um cumpra o seu papel. Com a lei, ganhamos um roteiro e um script, com atores e papéis pré-determinados. A partir desse roteiro, os personagens ensaiarão por cinco anos, quando, então, o espetáculo entrará em cartaz -- ou seja, o novo modelo começará a funcionar plenamente.

O que cabe ao poder público nessa difícil trama que envolve conflitos, custos financeiros e desafios para encontrar o melhor destino para os resíduos urbanos? Os municípios são obrigados a tomar providências para acabar com lixões, construir aterros sanitários dentro de critérios ambientais e implantar sistemas de reciclagem, com serviços mais eficientes de coleta seletiva nas residências. Hoje, a maioria das cidades não dá a mínima para a questão dos resíduos. Mais da metade dá ao lixo uma destinação inadequada, com impactos no meio ambiente. Após a lei, os promotores públicos terão base para fiscalizar e cobrar das prefeituras ações concretas para resolver esses problemas.

Quais os próximos passos para tirar a lei do papel? Após a assinatura do Presidente da República, começa uma nova batalha: a regulamentação da lei no Congresso Nacional. Nessa etapa, serão definidos pontos importantes, como prazos para as prefeituras erradicarem lixões e a criação de instrumentos financeiros, previstos pela lei, para incentivar e estruturar o tratamento do lixo e a cadeia da reciclagem. Não queremos incentivos fiscais, mas justiça fiscal. Hoje, as empresas que atuam nessa atividade são prejudicadas pela bitributação. O imposto é cobrado duas vezes: tanto no processamento industrial dos materiais do lixo, como no seu uso em produtos reciclados.

As indústrias estão prontas para desempenhar novos papéis, como o apoio para receber de volta, após o consumo, embalagens e outros materiais contidos em seus produtos? Muitas empresas se anteciparam à lei e, nos últimos anos, implantaram programas de reciclagem, dentro da visão de sustentabilidade, tendo em vista os problemas ambientais do planeta. Agora, com a aplicação da lei, haverá maior quantidade de lixo para reciclagem, o que impõe novos desafios. Com maior escala, haverá mais investimentos em tecnologia para melhorar a qualidade e diversificar os usos dos materiais reciclados. O mercado crescerá, gerando ganhos para toda a cadeia -- desde os coletores e separadores dos materiais recicláveis até empresas que fazem o processamento inicial da nova matéria prima e indústrias que as utilizam nos produtos finais que compramos nas lojas e supermercados. Hoje, no Brasil, cerca de 12% do lixo coletado nas residências é reciclado. A estimativa, com a nova legislação, é dobrar esse índice em cinco anos.

O consumidor, com a separação dos materiais na origem, é chave nesse processo. Ele está suficientemente conscientizado para mudar hábitos e se engajar nesse trabalho? É preciso fazer a nossa parte nas residências, separando o lixo seco (plásticos, papéis, latas, vidros etc) dos úmidos (restos de alimento e sujeiras de matéria orgânica em geral). Faremos campanhas de massa. Os consumidores passarão a ser incentivados para essa prática, com campanhas de educação e serviços mais eficientes de coleta dos materiais nas residências. Nos últimos dez anos, melhoraram muito tanto o nível de conscientização como a qualidade da coleta nos domicílios, onde os materiais são separados na fonte.

Entre suas principais características, a lei reforça o papel das cooperativas de catadores. Elas estão capacitadas para absorver o aumento da quantidade de lixo reciclável? Hoje apenas uma ínfima parte do lixo reciclável é processado nas cooperativas. Entre os catadores, há iniciativas de diversos padrões, desde pequenos núcleos que operam sem condições de segurança ou higiene até grandes cooperativas com gestão de negócios, maquinário, veículos e controle da produção. No geral, as cooperativas precisam ser capacitadas para esse importante papel, definido pela lei. Elas poderão, inclusive, ser contratadas pelo poder público para fazer a coleta nas residências. Não faltará lixo reciclável para outras iniciativas de separação e processamento, tanto de cunho social, como empresarial.

28 de julho de 2010

Calendário Ecológico 2010


Janeiro
01 - Dia Mundial da Paz/Confraternização Universal
09 - Dia do Astronauta
11 - Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos

Fevereiro
02 - Dia Mundial das Zonas Úmidas
06 - Dia do Agente de Defesa Ambiental
22 - Dia da Criação do IBAMA

Março
01 - Dia do Turismo Ecológico
14 - Dia Mundial de Luta dos Atingidos por Barragens
21 - Início do Outono
21 - Dia Florestal Mundial
22 - Dia Mundial da Água
23 - Dia do Meteorologista

Abril
07 - Dia Mundial da Saúde
15 - Dia Nacional da Conservação do Solo
19 - Dia do Índio
22 - Dia da Terra
28 - Dia da Caatinga
28 - Dia da Educação

Maio
03 - Dia do Solo
03 - Dia do Pau-Brasil
05 - Dia Mundial do Campo
08 - Dia Mundial das Aves Migratórias
13 - Dia do Zootecnista
16 - Dia do Gari
18 - Dia das Raças Indígenas da América
22 - Dia Internacional da Biodiversidade
22 - Dia do Apicultor
25 - Dia do Trabalhador Rural
27 - Dia Nacional da Floresta Atlântica
29 - Dia do Geógrafo
30 - Dia do Geólogo

Junho
31/05 a 05/06 - Semana Nacional do Meio Ambiente
05 - Dia Mundial do Meio Ambiente
05 - Dia da Ecologia
08 - Dia do Citricultor
17 - Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca
21 - Início do Inverno
23 - Dia do Lavrador
29 - Dia do Pescador

Julho
02 - Dia Nacional do Bombeiro
08 - Dia Nacional da Ciência
12 - Dia do Engenheiro Florestal
13 - Dia do Engenheiro Sanitarista
17 - Dia de Proteção às Florestas
25 - Dia do Colono
28 - Dia do Agricultor

Agosto
05 - Dia Nacional da Saúde
06 - Dia de Hiroshima
09 - Dia Internacional dos Povos Indígenas
09 - Dia Interamericano de Qualidade do Ar
11 - Dia do Estudante
14 - Dia do Combate à Poluição

Setembro
03 - Dia do Biólogo
05 - Dia da Amazônia
09 - Dia do Veterinário
11 - Dia do Cerrado
16 - Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio
16 - Dia Internacional para a Prevenção de Desastres Naturais
18 - Dia Mundial de Limpeza do Litoral
19 - Dia Mundial pela Limpeza da Água
21 - Dia da Árvore
21 a 26 - Semana da Árvore no Sul do Brasil
22 - Dia da Defesa da Fauna
22 - Dia da Jornada “Na Cidade Sem Meu Carro”
23 - Início da Primavera
27 - Dia do Turismólogo

Outubro
04 a 10 - Semana da Proteção à Fauna
04 - Dia Mundial dos Animais
04 - Dia da Natureza
04 - Dia do Cão
05 - Dia Mundial do Habitat
05 - Dia da Ave
12 - Dia do Mar
12 - Dia do Agrônomo
15 - Dia do Professor
15 - Dia do Educador Ambiental
27 - Dia do Engenheiro Agrícola

Novembro
01 - Dia Nacional da Espeleologia
05 - Dia da Cultura e da Ciência
20 - Dia da Consciência Negra
24 - Dia do Rio
30 - Dia do Estatuto da Terra

Dezembro
14 - Dia do Engenheiro de Pesca
15 - Dia do Jardineiro
21 - Início do Verão
31 - Dia da Esperança


Fonte: Ambiente Brasil

27 de julho de 2010

E se o vazamento de óleo fosse na sua cidade?




E se o vazamento de óleo fosse na sua cidade?
por Solon Brochado { 07.jun.2010 }

Você já deve ter ouvido falar do derramamento de petróleo que está rolando no Golfo do México desde 22 de abril (sim, já faz mais de um mês e ainda não arranjaram solução). No entanto, afora as inevitáveis – e sempre chocantes – imagens de animais morrendo em meio ao óleo, é difícil para qualquer pessoa que não viva na região ter uma real noção da magnitude do desastre.

Pensando nisso, um programador criou o IfItWasMyHome.com, um mashup de dados oficiais da NOAA sobre o Google Maps, que permite projetar a atual mancha de petróleo sobre qualquer região do planeta. Assim, podemos usar alguma região mais conhecida – como São Paulo, na imagem acima – para tentar ter uma margem de comparação mais próxima da nossa realidade.

Ao menos para mim, ver que a mancha cobriria todo o litoral de Santa Catarina tornou o tamanho do desastre bem mais real. Especialmente ao lembrar de todas as plataformas da Petrobras espalhadas pelo Brasil (e tantas outras que virão com o pré-sal). Um bom exemplo de visualização efetivamente útil, mais que bonita.
Via: Flowing Data

Acidente no Golfo do México: E se fosse com a Petrobrás?




O acidente com a plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, completa um mês e está longe do fim. O petróleo continua a vazar e chovem críticas contra a negligência das agências reguladoras americanas. Mas ele desapareceu do noticiário na imprensa brasileira. Se fosse com a Petrobrás, ela seria beneficiada com esse silêncio da mídia?

Por José Carlos Ruy

Hoje completa um mês que a plataforma Deepwater Horizon explodiu no Golfo do México e o acidente ainda não está controlado. É possível imaginar o escândalo que a imprensa dos patrões estaria promovendo se, por infortúnio, um acidente semelhante tivesse ocorrido em uma plataforma da Petrobrás. Mas não foi, e o assunto sumiu do noticiário, ficando relegado a notas de menor importância nos grandes jornais.

O acidente aparentemente tem ingredientes semelhantes ao "naufrágio" do sistema financeiro americano, em 2008/2009 - um misto de desregulamentação do mercado e irresponsabilidade empresarial movida a ganância. Só que, no lugar das grandes corretoras financeiras, como a Lehman Brothers, a Merrill Lynch ou a Goldman Sachs, os envolvidos são outros gigantes do capitalismo, como a British Petroleum (que grande parte da mídia publicada no Brasil prefere esconder sob a sigla BP) e prestadoras de serviço como a Transocean ou a Halliburton.

A semelhança decorre justamente na fragilidade da regulamentação da ação dessas empresas, dando espaço para a negligência com normas de segurança na busca da maximização do lucro, envolvendo grandes monopólios e agentes do governo, tudo abençoado pela política neoliberal.

O acidente
A plataforma Deepwater Horizont, de propriedade da British Petróleum, operada pela Transocean e com serviços de manutenção da Halliburton, teve um problema em uma das válvulas no fundo do mar, no dia 20 de abril; o equipamento de segurança falhou deixando os fluídos subirem à superfície. Em seguida, ela pegou fogo, matando 11 trabalhadores que tentavam controlar o acidente. Dois dias depois, naufragou.

A Deepwater Horizon é uma plataforma flutuante (isto é, ela é ancorada no fundo do mar), que explora petróleo no oceano, em profundidades de até três mil metros. Ela estava a 80 quilômetros da costa da Luisiana (EUA); entre ela e o fundo do mar havia uma lâmina d'água de 1.500 metros, e o poço de onde extraia petróleo tinha 5.400 metros de profundidade.

Com o acidente, a Deepwater Horizon começou a despejar no mar, inicialmente, mil barris de petróleo por dia, volume que logo subiu para os atuais cinco mil barris diários que a British Petroleum admite (muita gente suspeita que o volume pode ser muito maior).

A empresa demorou 15 dias para fechar o menor dos três buracos na tubulação. E, no dia 17 de maio, comemorava a "façanha" de ter reduzido em 40% o vazamento, que era de 5.000 barris e passou para 3.000 barris. Isto é, reduziu o despejo no mar de 800 mil litros de petróleo para 480 mil litros diários.

Em um mês já foram despejados no mar no mínimo 90 mil barris de petróleo (algo em torno de 15 milhões de litros), ou um terço da carga de um superpetroleiro, cuja média é de 300 mil barris.

São números presumidos, a partir de informações fornecidas pela própria petroleira. No início de maio, um executivo da Britush Petroleum admitiu, a membros do Congresso dos EUA, que o vazamento poderia chegar a 60 mil barris de petróleo por dia, acima de dez vezes mais do que era então estimado. No dia 18, o temor de funcionários do governo dos EUA cresceu ante a ameaça de chegar a algo próximo dos 100 mil barris diários.

Poderia ter sido um acidente, mas é parte de uma série deles em explorações de petróleo da British Petroleum. Em março de 2005 uma refinaria de propriedade da empresa inglesa explodiu no Texas, matando 15 trabalhadores. A causa: falhas na manutenção. A acusação foi feita pela agência do governo americano encarregada de fiscalizar a segurança no trabalho. Houve críticas também no Congresso dos EUA e no Conselho de Segurança na Química dos EUA, que acusaram a empresa de cortar custos com segurança e manutenção para aumentar os lucros. Ainda em 2005, na passagem do furacão Dennin, o Thunder Horse, uma plataforma da British Petroleum no Golfo do México empenou 20 graus. E, 2006, foi a vez do Alasca: um oleoduto da British Petroleum rompeu-se deixando vazar mais de um milhão de litros de petróleo. Quando ocorreu outro vazamento, meses depois, o governo decidiu fechar a exploração de petróleo no Alasca: segundo pesquisadores do Departamento de Transportes do governo dos EUA, o acidente foi provocado por "corrosão grave" da tubulação, em consequência dos cortes de custos e pela péssima manutenção nos oleodutos.

A Transocean é outra campeã de acidentes. O Wall Street Journal, com base em dados oficiais, assegura que ela é responsável por quase três em quatro acidentes investigados por agência do governo americano ocorridos em plataformas marítimas desde 2008. De 2005 a 2007, plataformas de sua propriedade estiveram envolvida em 13 dos 39 incidentes (1/3 do total) de perfuração em águas profundas investigados pelo governo dos EUA no Golfo do México.

A extensão dos estragos
A mancha de petróleo no mar logo se alastrou, alcançando 50 quilômetros de extensão e cobrindo uma área que corresponde ao estado de Sergipe, e que ameaça quatro estados no sul dos EUA (Alabama, Luisiana, Mississipi e Flórida).

A British Petroleum tentou minimizar o tamanho do estrago e seu presidente, Tony Hayward, declarou ao jornal inglês The Guardian que "o Golfo do México é um oceano muito grande" ante o qual o vazamento seria pequeno "em relação ao volume total de água". Essa opinião irresponsável foi reproduzida, no Brasil, entre outros lugares, na página eletrônica do deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), no dia 18 de maio, numa nota intitulada "BP considera modesto impacto ambiental de vazamento".

Ao contrário, o vazamento que hoje completa um mês representa um risco ambiental de grandes proporções. Os especialistas temem que a mancha de petróleo atinja a corrente marinha que contorna a península da Flórida e seja espalhada por toda a costa Leste dos EUA; há também o temor de que o óleo derramado atinja a Corrente do Golfo, contaminando o Atlântico norte e levando a poluição para o litoral europeu banhado por aquela corrente.

O vazamento pode se transformar assim em uma verdadeira catástrofe econômica e ambiental; só na costa leste dos EUA, a indústria do turismo da Flórida poderia entrar em colapso. Os moradores do litoral dos estados ameaçados podem ser gravemente afetados, da mesma forma como a vida animal na toda a região. Como medida preventiva, o governo dos EUA estendeu a área de proibição da pesca na área econômica exclusiva no Golfo de 10% para 19%. No dia 18 de maio, a Guarda Costeira dos EUA já havia encontrado na costa de Key West, na Flórida pelotas de alcatrão cuja origem seria o vazamento da Deepwater Horizon. Nesse dia já haviam sinais de contaminação a mais de 90 quilômetros da área onde ocorreu o acidente.

Desregulamentação - ou as montadoras cuidando do trânsito
Um dos dogmas do neoliberalismo é a extinção da regulamentação estatal, coibindo a livre ação do capital em busca do lucro máximo. As atividades econômicas, diz aquele dogma, devem ser deixadas à regulação "automática" feita pelo mercado. É algo como deixar com as montadoras de automóveis toda a regulamentação do trânsito (guardas, engenharia de tráfego, polícia rodoviário, radares, etc, etc) e das emissões de gases poluidores. Pode-se prever o resultado.

Até 2008 a exploração de petróleo em águas profundas era proibida no lado americano do golfo do México. Naquele ano, o presidente George Bush, em acordo com o Congresso americano, suspendeu a proibição. Plataformas como a Deepwater Horizon (que começou a funcionar em outubro de 2009) puderam então ser instaladas. Mas, quando - em 30 de abril, uma semana após o acidente - Obama voltou a proibir a exploração de petróleo na região, o estrago já estava feito.

A desregulamentação vai além da permissão para a operação das plataformas marítimas e envolve principalmente o cumprimento de regras sobre o funcionamento das empresas. As críticas contra a negligência das agências reguladoras se multiplicam. Um editorial do influente The New York Times ("Quem é o responsável?", 12 de maio) resumiu as críticas mostrando que a corrupção cresceu no Serviço de Gerenciamento de Minerais (responsável pela fiscalização das petroleiras) no governo Bush. Alinhavou histórias de empregados que recebiam presentes das empresas concessionárias, favoreciam clientes, se envolviam em casos de drogas e sexo. E só agora, "depois do desastroso vazamento, descobrimos como os reguladores da agência foram rejeitados pelas empresas quando tentaram fazer seu trabalho", disse.

Segundo o jornal novaiorquino, depois de pedirem que a indústria adotasse mais sistemas de prevenção de explosões, funcionários da agência recuavam e aceitavam garantias dadas pela própria empresa "de que os dispositivos eram virtualmente infalíveis". Outros quiseram fazer uma análise mais completa de impacto ambiental do projeto da British Petroleum, mas logo desistiram, conformando-se com as garantias da empresa "de que um grande vazamento de petróleo era improvável".

A agência "evidentemente não conseguiu pressionar a indústria a modernizar o equipamento que utiliza para combater os vazamentos", diz o editorial. E a tecnologia usada no golfo é praticamente a mesma de vinte anos atrás. E concluindo apelando pela construção de "um sistema de regulamentação robusto e imparcial, capaz de colocar no eixo uma indústria grande e lucrativa em que não se pode confiar e é incapaz de policiar a si mesma".

O próprio Ken Salazar, secretário do Interior do governo dos EUA, admitiu esses problemas ao reconhecer a existência de algumas "maçãs podres" entre os 1.700 funcionários da agência, cuja maioria é formada, disse, por pessoas honestas e capazes. E foi forçado a admitir também que a negligência do Serviço de Gerenciamento de Minerais pode ter contribuído para o desastre.

O silêncio da imprensa brasileira
A imprensa brasileira tem razão ao fingir-se de morta diante da catástrofe ambiental provocada pela British Petroleum. Ela é mais um fator de descrédito para o receituário neoliberal propagandeado pelos grandes jornais e redes de tevê em nosso país. A mídia brasileira é a campeã na defesa do estado mínimo, da desregulamentação, da liberdade de ação para o capital e suas empresas monopolistas.

Além disso, o acidente com a Deepwater Horizon ocorreu na "pátria adotiva" da maior parte da elite brasileira, os EUA, expondo o atraso tecnológico, a negligência, a corrupção, o desleixo - males costumeiramente atribuídos a países do "terceiro mundo" e impensáveis no "primeiro mundo".

Por isso ela tem razão ao esconder o assunto: o acidente no Golfo do México é pedagógico e expõe ao ridículo os fundamentos da ideologia neoliberal defendida pelos portavozes do grande capital neste lado do mundo.

Fonte: Vermelho

24 de julho de 2010

A história do Judô


A história do Judô

O significado em japonês, "ju" é suave e "dô" é caminho: CAMINHO SUAVE.

O estilo de luta que hoje em dia denominamos como Judô foi idealizado no ano de 1882. Um jovem de 23 anos chamado Jigoro Kano fundava o Instituto Kodokan, que veio a se tornar a Meca dos ensinamentos sobre esta arte marcial.

Com milhares de praticantes e federações espalhados pelo mundo, o Judô se tornou um dos esportes mais praticados (perdendo somente para o futebol). Não restringindo sua prática a homens com vigor físico, e estendendo seus ensinamentos para mulheres, crianças e idosos, o judô teve um aumento significativo no número de amantes desta nobre arte.

A técnica do judô utiliza os músculos e a velocidade de raciocínio para dominar o oponente. Palavras ditas por Mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual". A vitória, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual. Nas academias, procura-se passar algo mais além da luta, do contato físico.

Através de Eisei Maeda, por volta de 1922, o Judô surge no Brasil. O Conde de Koma, como também era conhecido, fez sua primeira apresentação no país em Porto Alegre. Partiu para as demonstrações pelos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, transferindo-se depois para o Pará, onde popularizou seus conhecimentos da nobre arte. Outros mestres também faziam exibições e aceitavam desafios em locais públicos. Mas foi um início difícil para um esporte que viria a se tornar tão difundido.

Um fator decisivo na escalada do Judô foi a chegada ao país de grupo de nipônicos em 1938. Tinham como líder o professor Riuzo Ogawa e fundaram a Academia Ogawa, com o objetivo de aprimorar a cultura física, moral e espiritual, através do esporte do quimono. Daí por diante disseminaram-se a cultura e os ensinamentos do Mestre Jigoro Kano e em 18/03/1969 era fundada a Confederação Brasileira de Judô, sendo reconhecida por decreto em 1972. Hoje em dia é ensinado em academias e clubes e reconhecido como um esporte saudável que não está relacionado à violência.

Esporte Olímpico de grande prestígio e muito disputado, tem no Brasil um "celeiro" de bons lutadores, fazendo o país ser reconhecido e admirado internacionalmente, inclusive no Japão. Por ser um esporte de triunfos nacionais, tem "sua marca" associada ao sucesso.


O fundador
Dados biográficos do professor Jigoro Kano

18/10/1860- Data de nascimento
1877- Ingressa na universidade universal de Tóquio; torna-se aluno do mestre Fukuda (Jujitsu)
1878- Funda o primeiro clube de basebol do Japão
1881- Licenciado em letras; torna-se aluno da escola de Kito (jujitsu)
1882- Forma-se em ciências estéticas e Morais. Em fevereiro, funda a sua escola a qual deu o nome de Judô Kodokan e em agosto é nomeado professor do Colégio dos Nobres
1884- Nomeado do adido do Palácio Imperial
1886- Nomeado vice-presidente do Colégio dos Nobres
1889- Viaja à Europa como adido da casa Imperial
1899- Torna-se presidente do Butokukai ( Centro de estudos de artes militares)
1907- Elabora os três primeiros Kata's do Judô
1909- Torna-se membro do Comitê Olímpico internacional, como primeiro representante do Japão.
1911- Eleito presidente da federação Desportiva do Japão
1922- Passa á ter assento na Câmara Alta do Parlamento Japonês
1924- Nomeado Professor Honorário da Escola Normal Superior de Tóquio
1928- Participa da Assembléia Geral dos Fogos Olímpicos de Amsterdã
04/05/1938- Morre a bordo do navio que transportava ao Cairo onde se realizava a Assembléia Geral do Comitê Internacional doa Jogos Olímpicos
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Uma verdade sempre essencial


“Não é lisonjeando o mau gosto e as péssimas ideias das maiorias, indo atrás delas, tomando por guia a ignorância e a vulgaridade, que se hão de produzir as ideias, as ciências, as crenças, os sentimentos de que a humanidade contemporânea precisa”

Antero Quental

Golfo do México


Vazamento da BP interdita vários destinos turísticos do verão americano
Por Rafaela | Publicado:15 de julho de 2010

A Costa do Golfo, que se estende por praias do estado da Florida, Mississipi, Alabama Texas, tem alguns dos cenários naturais mais belos dos Estados Unidos, além de uma variedade de plantas únicas. O vazamento da BP, porém, foi responsável pelo interditamento de várias praias, que antes eram consideradas alguns dos principais destinos no verão, pois as autoridades estão desaconselhando atividades como nadar, a pesca entre outros eportes aquáticos.
A foto acima mostra uma imagem da praia de Grand Isle, em Louisiana. A pequena cidade que tem apenas 1500 habitantes costuma atrair e hospedar mais de 12000 pessoas todos os anos devido ao festival de pesca que promove, no dia da Independência dos Estados Unidos (04/07). Este ano porém, devido ao derrame, as festividades não contaram com muitos perticipantes. Além de Grands Isle, há inúmeras outras praias interditadas. O conselho de Defesa de Recursos Naturais dos EUA, fez um mapa onde mostra todas as praias atingidas pelo derrame (em marrom), para vê-lo basta clicar na imagem abaixo.

Olhar


Quem não compreende um olhar,
tampouco compreenderá uma longa explicação
Mário Quintana

Lei do Funil


Larga para alguns (poucos), estreita para todos os outros!

23 de julho de 2010

PARA REFLETIR



Dizem que havia um cego sentado na calçada, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia: "Por favor, ajude-me, sou cego". Um publicitário da área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio.

Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora.

Pela tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego.

Agora, o seu boné estava cheio de notas e moedas.
O cego reconheceu as pisadas e lhe perguntou se havia sido ele quem reescreveu seu cartaz, sobretudo querendo
saber o que havia colocado.
O publicitário respondeu:
"Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras".
Sorriu e continuou seu caminho.
O cego nunca soube, mas seu novo cartaz dizia: "Hoje é Primavera, e não posso vê-la".

DESASTRE AMBIENTAL NO GOLFO DO MÉXICO



Uma explosão ocorrida na plataforma de prospecção de petróleo da empresa British Petroleum (BP) é a responsável pelo maior desastre ambiental dos EUA nos últimos anos. Localizada no Golfo do México, a cerca de 64 quilômetros da desembocadura do Rio Mississippi, a plataforma finalizava a perfuração de um novo poço quando ocorreu o acidente que vitimou 11 operários ainda desaparecidos.
As causas da explosão ainda estão sendo apuradas, mas as graves consequências já podem ser sentidas. O vazamento de petróleo vem de três dutos submarinos a 1.525 metros de profundidade. O poço é capaz de gerar 5 mil barris de por dia, o equivalente a 800.000 mil litros de petróleo jorrando desde o dia 21 de abril no mar do Golfo do México. A mancha ocupa uma área de 72km por 170 km, e já é maior do que a Jamaica.
Estado de Emergência
A enorme mancha de óleo já chegou à costa da Louisiana, nos EUA, que decretou estado de emergência nesta quinta feira (29). Outros estados da região, como a Flórida também estão na mesma situação e os condados de Escambia, Santa Rosa, Okaloosa, Walton, Bay e Gulf estão em estado de atenção.
A região banhada pelo Golfo do México, especialmente a Louisiana, abriga cerca de 40% dos pântanos e mangues americanos e é o habitat de inúmeras espécies de peixes e aves. Alguns animais como a tartaruga marinha e o pelicano marrom, que saiu recentemente da lista de animais ameaçados de extinção, são exemplos de espécies atingidas diretamente pelo vazamento. Apesar da empresa britânica ser a responsável pelos custos da limpeza, o presidente americano Barack Obama afirmou que vai "usar todo e qualquer recurso disponível" para conter o vazamento e disponibilizou as tropas militares para atuar no processo.
Prejuízos ambientais e econômicos
Além da ameaça à vida marinha e aos outros animais da região o vazamento na região do Golfo do México traz também prejuízos econômicos. A temporada de pesca no Texas, Louisiana e Mississipi começou no último dia 19 de abril e os pescadores temem ter a produção prejudicada pela poluição. Criadores de camarões, outra atividade praticada na região, abriram um processo para obter uma indenização de cinco milhões de dólares da BP.
Para conter o avanço da mancha estão sendo usadas barreiras de lona e queima controlada do óleo, mas os esforços devem durar três meses. Moradores da costa afirmam já sentir o cheiro do óleo vindo do mar, o que indica que a mancha está próxima da praia.

O Golfo do México
São conhecidas como golfos as regiões que possuem grande e acentuada reentrância marinha na costa com uma abertura ou “boca” bastante grande, distinguindo-se de uma baía que, geralmente, possui dimensões menores e uma “boca” mais fechada para o mar. O Golfo do México, o maior do mundo, com superfície de 1 550 000 km, é cercado por terras da América Central e do Sul e banha a costa dos EUA, do México e de Cuba. Disputado por Espanha, França e Inglaterra durante a colonização, o Golfo, que se conecta ao Oceano Atlântico pelo Estreito da Flórida, é hoje uma região muito importante na produção petrolífera dos EUA. Em 2005, quando o furacão Katrina atingiu o estado de Nova Orleans e a produção registrou queda de 90%, o país enfrentou altas nos preços e filas nos postos de gasolina.

Fonte: www.igeduca.com.br/artigos/acontece/desastre-ambiental-no-golfo-do-mexico.html

Biomas Brasileiros - Cerrado



O Cerrado se caracteriza por diversas fisionomias, são formações que variam desde o cerradão, que se assemelha a uma floresta, passando pelo cerrado mais comum no Brasil central, com árvores baixas e esparsas, até o campo cerrado, campo sujo e campo limpo com uma progressiva redução da densidade arbórea. Ali encontram-se as florestas de galeria que seguem os cursos dos rios.

Este bioma já cobriu 25% do território do país, principalmente no Brasil Central. As árvores caracterizam-se por serem mais baixas que as da floresta tropical, com troncos tortuosos, folhas grossas e raízes profundas que atingem o lençol d'água, elementos importantes para resistir a secas e incêndios.

A forte urbanização, grandes projetos agropecuários, produção de ferro-gusa (consumo de lenha), hidrelétricas fazem desse bioma um dos mais ameaçados. Dos 2 milhões de quilômetros quadrados originais, restam 350 mil.

Segundo o jornalista Efraim Neto, do Mercado Ético, existe um grande descaso do poder público e mesmo da população em relação a esse bioma. Segundo ele, tramita desde 1995 a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 115/95, proposta que propõe modificar o parágrafo 4º do art. 225 da Constituição Federal incluindo o Cerrado (e a Caatinga) na relação dos biomas considerados Patrimônios Nacionais.

Enquanto a bandeira da Amazônia é levantada por vários parlamentares, poucos são os que lutam pelo Cerrado, e as poucas pessoas que lutam não conseguem sucesso ou apoio suficiente para obter resultados efetivos.

De acordo com Neto, " Enquanto outras temáticas dão visibilidade aos olhares nacionais e internacionais, o Cerrado continua sendo lembrado apenas por ser uma savana seca de árvores tortas, e ocupado em sua maioria por pobres. Dentro de 30 anos, talvez a nossa conversa possa ser outra! E infelizmente o nosso Cerrado será apenas pó de serra".

Fonte: HowStuffWorks - Biomas do Brasil, Mudanças ambientais globais. Pensar + agir na escola e na comunidade/ Caderno terra, Mercado Ético
Imagem: Basta um cigarro para a fauna e a flora do cerrado ficar mais pobre - Galeria de jvc

Biomas Brasileiros - Amazônia



O Brasil, pela sua localização geográfica e seu tamanho continental (8.514.876.599 km²), abriga seis biomas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE): Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Pampa.

AMAZÔNIA

O bioma Amazônia ocupa cerca de 40% do território brasileiro. Nele estão localizados os estados do Pará, Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima e algumas parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Também inclui terras de países próximos ao Brasil, como as Guianas, Suriname, Venezuela, Equador, Peru e Bolívia.

A floresta Amazônica é a maior e mais diversa floresta tropical do planeta, com quase 7 milhões de km² e abrigando mais de um terço das espécies existentes no planeta. Mais da metade deste bioma está no Brasil.

A Amazônia pode ser dividida em matas de terra firme, matas de várzeas e matas de igapó.

As matas de terra firme são aquelas situadas em regiões mais altas e por isso não são atingidas pelas cheias dos rios. Nelas estão as árvores de grande porte, como a castanheira-do-pará e a palmeira.

As matas de várzea são as que sofrem com inundações em determinados períodos do ano. Na parte mais elevada desse tipo de mata, o tempo de inundação é curto e a vegetação é parecida com a da mata de terra firme. Nas regiões planas, que permanecem inundadas por mais tempo, a vegetação é parecida com a da mata de igapó.

As matas de igapó são as que estão em terrenos mais baixos e estão quase sempre inundadas. Nessas áreas encontramos a vitória-régia, símbolo da Amazônia.

Apesar da grande riqueza da floresta, o solo é extremamente pobre, sendo que apenas 10% da Amazônia possuem solos férteis o bastante para a atividade agrícola.

O relevo da Amazônia é composto por planícies, depressões e planaltos.

O clima da Amazônia é o equatorial úmido, que caracteriza-se por temperaturas elevadas e chuvas abundantes.

A hidrografia desse bioma tem como característica a abundância de água doce e por possuir a maior bacia hidrográfica do planeta, a bacia amazônica, com mais de 1.100 afluentes.

A Amazônia é um banco genético do mundo. A maior ameaça é o desmatamento (queimadas e extração de madeira). As áreas desmatadas são ocupadas pela criação de gado e por monoculturas (como a da soja). Outros impactos ocorrem pela expansão urbana desordenada, caça e pesca predatórias, garimpo e outras atividades econômicas impactantes, como megaprojetos minerários (Grande Carajás, produção de ferro-gusa e alumínio).


Fonte: HowStuffWorks - Biomas do Brasil, Mudanças ambientais globais. Pensar + agir na escola e na comunidade/ Caderno terra, Invivo

Imagem: Desmatamento ilegal - Galeria de Ana_Cotta

Biomas Brasileiros - Pantanal



O complexo do pantanal é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros, situado no sul de Mato Grosso e no noroeste do Mato Grosso do Sul, além de englobar o norte do Paraguai e o leste da Bolívia, considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.

Localizado próximo à Amazônia e ao cerrado, o pantanal guarda espécies de fauna e flora desses outros dois biomas, além de apresentar espécies endêmicas, ou seja, que só podem ser encontradas naquela área. Nas matas ciliares, que ficam nas margens dos rios, cresce uma floresta mais densa, com jenipapos, figueiras, ingazeiros, palmeiras e o pau-de-formiga. Nas áreas alagadas raramente aparecem tapetes de gramíneas, como o capim-mimoso. Em locais nunca alagados, aparecem árvores grandes, como o carandá, o buriti e os ipês. Nos terrenos alagados constantemente são encontrados vegetais aquáticos flutuantes, como o aguapé e a erva-de-santa-luzia, além de vegetais fixos com folhas imersas, como a sagitária, e plantas que permanecem submersas, como a cabomba e a utriculária. Existem ainda na paisagem pantaneira matas conhecidas como paratudais, onde crescem árvores com cascas espessas, rugosas e com galhos retorcidos.

A planície é o tipo de relevo predominante do pantanal. Quando a planície está alagada, no meio da água podem ser vistas elevações arenosas conhecidas como cordilheiras. Cercando a planície existem alguns terrenos mais altos, como chapadas, serras e maciços. O maciço mais famoso é o do Urucum, no Mato Grosso.

O solo é pouco permeável, resultado das constantes inundações. Como há excesso de água, a decomposição de matéria orgânica se dá de forma lenta e difícil, o que diminui a fertilidade.

O clima do pantanal é o tropical, caracterizado por temperaturas elevadas. A região apresenta duas estações bem definidas: o verão chuvoso, de outubro a março, quando a temperatura fica em torno de 32° C e o inverno seco, de abril a setembro, quando a média de temperatura é de 21° C.

Os impactos ambientais e socioeconômicos no pantanal são decorrentes da inexistência de um planejamento ambiental que garanta a sustentabilidade dos recursos naturais desse bioma. A expansão desordenada e rápida da agropecuária, com a utilização de pesadas cargas de agroquímicos, a exploração de diamantes e de ouro nos planaltos, com a utilização intensiva de mercúrio, são responsáveis por profundas transformações regionais, como a contaminação de peixes e jacaré por mercúrio.

A remoção da vegetação nativa nos planaltos para implementação de lavouras e de pastagens sem considerar a aptidão das terras e a adoção de práticas de manejo e conservação do solo além da destruição de habitats, acelerou os processos erosivos nas bordas do pantanal.

A caça e pescas clandestinas e a introdução de espécies exóticas também são graves ameaças à preservação dos recursos dessa região.

O turismo é desorganizado, a falta de controle quanto ao número de turistas que visitam as diversas regiões geram sérios problemas, como o lixo deixado pelas embarcações.

Fonte: Wikipédia, Invivo, Embrapa, Tom do Pantanal
Imagem: Pantanal - Galeria de Venturist

Biomas Brasileiros-Caatinga



A caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte de seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Possui uma extensão de 734.478 quilômetros quadrados, o que corresponde a cerca de 10% do território nacional. Está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais.

As temperaturas médias anuais oscilam entre 25° C e 29° C, o clima é semiárido. São características desse tipo de clima a baixa umidade e o pouco volume pluviométrico. São longos os períodos de ausência de chuvas, podendo chegar a oito ou nove meses de seca por ano.

O solo em geral é raso, rico em minerais e pobre em matéria orgânica, já que a decomposição desta matéria é prejudicada pelo calor e luminosidade, intensos durante todo o ano. Esse solo com muitas pedras dificilmente armazena a água que cai no período de chuvas.

A vegetação é composta por plantas xerófitas, espécies que acabaram desenvolvendo mecanismos para sobreviverem em um ambiente com poucas chuvas e baixa umidade.Os cactos são muito representativos da vegetação da caatinga, mas existem outras espécies como o madacaru, a coroa-de-frade, o xique-xique, o juazeiro, o umbuzeiro e a aroeira.

A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação.Os ecossistema desse bioma se encontram bastante alterados pela substituição de espécies nativas por cultivos e pastagens.O desmatamento e as queimadas ainda são práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo.

Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela caatinga. Quando não chove, o sertanejo e sua família precisam caminhar quilômetros em busca de água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida de quem vive nessa área.

Fonte: Wikipédia, Brasil Escola, WWF Brasil, Invivo, IBAMA
Imagem: Caatinga com mais de 40° no semiárido - Galeria de Glauco Umbelino

17 de julho de 2010

CÓDIGO FLORESTAL: BANQUETE INDIGESTO



'CÓDIGO FLORESTAL: BANQUETE INDIGESTO'
O novo código florestal aprovado por comissão da Câmara é de embrulhar o estômago, avalia Jean-Remy Guimarães. O cardápio inclui redução das áreas de preservação, anistia aos desmatadores, aumento das emissões de gases-estufa e extinção de espécies.

Jean Remy Davée Guimarães
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Especial para Ciência Hoje

[Madeira de desmatamento na Amazônia. Se aprovado, o novo Código Florestal Brasileiro pode levar ao desmatamento de 70 milhões de hectares e lançar na atmosfera até 31 bilhões de toneladas de gases-estufa Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - CC 2.5 - BY]

As notícias da conturbada apresentação, discussão e aprovação da proposta do novo Código Florestal Brasileiro no início do mês na Comissão Especial da Câmara são de arrepiar. O nível da discussão foi tão rasteiro quanto ficará a vegetação nativa se a proposta for aprovada em plenário e, depois, no Senado.

A notícia desse retrocesso obsceno me remete a muitos temas já comentados em colunas anteriores. Penso, em especial, na pesada herança da escravidão e da monocultura, no embate histórico – e pelo jeito ainda vigente – entre o Brasil urbano, cosmopolita e moderno e o Brasil das elites rurais, patriarcal, arcaico e predatório, como brilhantemente descrito por Giberto Freyre e Sergio Buarque de Hollanda, respectivamente em Casa grande e senzala e Raízes do Brasil.

O nível da discussão na Câmara foi tão rasteiro quanto ficará a vegetação nativa se a proposta for aprovada

O Brasil moderno se comprometeu diante do mundo a uma redução de 39% nas suas emissões até 2020, por ocasião da COP-15 em Copenhague.

O Brasil arcaico afunda essa meta propondo medidas que, segundo os professores Jean-Paul Metzger da Universidade de São Paulo (USP), e Thomas Lewinsohn, da Universidade de São Paulo (Unicamp), poderão levar ao desmatamento de 70 milhões de hectares enquanto outros 40 milhões deixarão de ser recuperados.

Se confirmada essa previsão, as emissões brasileiras de gases do efeito-estufa terão um acréscimo de, por baixo, 25 bilhões de toneladas (31 bilhões no cenário mais pessimista). É uma façanha e tanto. Como vamos conseguir assumir essa posição de vanguarda do atraso?

Mata ciliar
[Os limites legais para preservação da mata ciliar – nome dado à vegetação que ocorre nas margens dos rios – serão reduzidos se for aprovado o novo Código Florestal Brasileiro. Foto: Pedro Biondi / CC 2.0 - BY-NC]

Poucos convivas

O banquete da devastação é uma longa série de iguarias. Citamos aqui apenas os principais quitutes. Como entrada, redução das áreas de preservação obrigatória às margens dos rios, que passarão a ser medidas a partir das bordas menores, quando os rios estão com o menor fluxo de água.

Imagine a diferença que isso vai representar em rios com bordas planas e enchentes sazonais! É a maior brecha para o desmatamento. Mas as matas ciliares dos rios menores não escaparão assim tão facilmente, já que aqueles com até 5 metros de largura terão sua área de proteção reduzida de 30 para 15 metros.
A sobremesa é a anistia para os responsáveis por desmatamento ilegal até 22 de julho de 2008

A seguir, um dos pratos principais: os proprietários de terras com até quatro módulos fiscais não precisarão recompor a vegetação devastada. A área do modulo fiscal varia de estado para estado, podendo chegar a 400 hectares na Amazônia.

E finalmente a gloriosa sobremesa, amarga para a nação e dulcérrima para os poucos beneficiados: anistia para os responsáveis por desmatamento ilegal até 22 de julho de 2008 e perdão das multas correspondentes, bastando para isso aderir a um certo Programa de Regularização Ambiental.

O governo deixará de arrecadar um bom dinheiro por conta das multas anistiadas. As estimativas variam em função do período contemplado ou de quem fez os cálculos – cerca de 8 bilhões de reais segundo o Greenpeace, ou R$ 10,6 bilhões nos cálculos do Ibama. Tudo é grande no Brasil, não é mesmo?

Se você paga suas multas de trânsito, seus impostos e taxas em dia, ou é um fazendeiro que cumpriu a lei nesse período, deve estar se sentindo um otário. E é de fato esta a mensagem: ignore a lei, vá infringindo até ela ser mudada e as dívidas, perdoadas.
Se você paga suas multas e impostos em dia, deve estar se sentindo um otário

Ora, direis, por que tanta indignação? Já vimos esse filme tantas vezes... No tempo em que o agronegócio brasileiro se reduzia aos usineiros do Nordeste, já era excelente negócio e prática corrente tomar empréstimos e não pagá-los, graças aos esforços de uma ativa bancada legislando em causa própria junto ao rei, imperador ou parlamento.

Extinção com alvará

Portanto, o novo código florestal nem é tão novo assim nos autores, nos métodos, nos efeitos. Os professores citados mais acima estimam, com base na área florestal perdida e no numero de espécies que vivem ali, que um grande número de espécies serão extintas, com autorização legal.

E eu que estava quase exultante com as notícias – de apenas alguns dias atrás – de que a Comunidade Europeia tomaria medidas duríssimas contra empresas que comprassem madeira que não tivesse origem comprovadamente legal... Querem legalidade? Tomem legalidade! Mais uma vez o mundo se curva diante do Brasil.

O agronegócio como trator
[O agronegócio como trator: há séculos os grandes proprietários de terra no Brasil se beneficiam de decisões governamentais que nem sempre levam em conta o melhor para a sociedade ou o meio ambiente. Foto: Flickr.com/izolan - CC 2.0 - BY-NC-SA].

Mais uma vez, fica caracterizada a vocação do agronegócio como trator. Um trator que avança sobre áreas nativas, deixando atrás de si um rastro de terras degradadas. Na última coluna, eu contava sobre um dado perturbador revelado sem querer em palestra do presidente da Embrapa: as áreas em exploração agrícola ou pecuária e as áreas já degradadas pelas mesmas atividades são da mesma ordem. E vamos em frente, matando a galinha dos ovos de ouro em nome de interesses paroquiais, imediatos e preguiçosos.

Aumentar a produção agrícola às custas da expansão da fronteira agrícola sobre novas áreas florestais é coisa de Brasil arcaico. Investir em tecnologia para aumentar a produção via maior produtividade é coisa de Brasil moderno, um exemplo de convívio possível – embora não predominante – entre esses dois Brasis. Ou será coisa de otário?
Os convivas do banquete querem confiar o galinheiro às raposas

Deve ser porque os convivas do banquete não estão satisfeitos. Querem ainda que estados e, sobretudo, municípios possam decidir sobre a redução de áreas de reserva legal e de áreas de proteção ambiental ao longo dos rios ou aprovar projetos de exploração madeireira nas reservas legais.

Desafios como esses são impossíveis para administrações que nem têm órgão ambiental ou pessoal capacitado para tal. E menos ainda independência em relação aos ruralistas locais, que são frequentemente os próprios prefeitos, secretários, vereadores. As raposas cuidando do galinheiro.

Em nível estadual, não haverá capacidade para avaliar a enxurrada de pedidos de alteração se o código for aprovado. Terão que acionar a indústria do carimbo ou colocar meio mundo na ilegalidade – até a próxima alteração dos critérios de legalidade.

E eu com isso?

A Amazônia e o Pantanal são regiões distantes. Por que devo me preocupar? Afinal, o dióxido de carbono é inodoro, como o dinheiro. Sobram motivos, como mais perturbação climática, mais rios secando, assoreando, provocando enchentes desastrosas, menor geração de hidreletricidade, mais calor ainda. Mais gastos e sofrimento, menos emprego, salário, água na torneira e lugares decentes onde viver.
O dióxido de carbono é inodoro, como o dinheiro

Ah, e eu já ia esquecendo, porque o cardápio é longo: você não sentirá apenas efeitos indiretos, embora dolorosos. Se você mora no litoral ou fora das regiões citadas acima, saiba que topos de morro, várzeas e restingas perderão qualquer proteção.

Guarde bem aquelas fotos das ultimas férias: em breve elas serão história.

Como gritaram vários parlamentares ao final da votação do relatório do deputado Aldo Rebelo, do PC do B, na Comissão Especial da Câmara: “Brasil! Brasil! Brasil!”

Não vote em quem mata florestas.

Olá, ciberativista

Nessa terça-feira, frente ao tratoraço dos ruralistas para aprovar o relatório de Aldo Rebelo, nós, do Greenpeace, organizamos um protesto dentro da Câmara dos Deputados, durante a reunião da Comissão Especial criada para analisar mudanças no Código Florestal. Soamos sirenes para alertar toda a sociedade e a mídia sobre o perigo que ronda nossas florestas.

Um banner com os dizeres “Não vote em quem mata florestas” parou a sessão por alguns minutos veja no vídeo.

O resultado foram três ativistas agredidas física e verbalmente pela segurança da casa, fotos e matérias nos grandes veículos do país sobre o assunto e uma sociedade atenta à decisão dos deputados. O texto final, aprovado por 13 votos a 5, dá muito poder aos estados, joga a conta da preservação para todos os brasileiros, e premia com anistia quem cometeu crimes ambientais. Saiba mais.

A aprovação na comissão especial, contudo, não é o fim de um processo. Daqui, o texto do relatório ainda percorre um bom caminho na Câmara e no Senado. Ele deve ser mudado, disputado, e ser pauta de muitos debates públicos, a começar pelas eleições. E seu papel, ciberativista, será mais que decisivo nesse momento, já que durante o período eleitoral a sociedade deverá exigir o que é interesse do Brasil.

Entenda o caminho já percorrido pelo relatório.

Fique de olho. Veja abaixo quem votou contra e à favor do relatório de Aldo e continue acompanhando conosco os próximos passos da campanha em defesa das florestas. Compartilhe também essas informações com seus amigos. Agradeço mais uma vez o seu apoio e engajamento.


Quem votou pela mudança do Código Florestal:
Aldo Rebelo

Aldo Rebelo (PCdoB-SP)
E-mail: dep.aldorebelo@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Anselmo Anselmo De Jesus (PT-RO)
E-mail: dep.anselmodejesus@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Duarte Nogueira Duarte Nogueira (PSDB-SP)
E-mail: dep.duartenogueira@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Eduardo Eduardo Seabra (PTB-AP)
E-mail: dep.eduardoseabra@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Ernandes Amorim Ernandes Amorim (PTB-RO)
E-mail: dep.ernandesamorim@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Homero Homero Pereira (PR-MT)
E-mail: dep.homeropereira@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Luis Carlos Luis Carlos Heinze (PP-RS)
E-mail: dep.luiscarlosheinze@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Marcos Montes Marcos Montes (DEM-MG)
E-mail: dep.marcosmontes@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Moacir Michelleto Moacir Micheletto (PMDB-PR)
E-mail: dep.moacirmicheletto@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Moreira Mendes Moreira Mendes (PPS-RO)
E-mail: dep.moreiramendes@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Paulo Piau Paulo Piau (PPS-MG)
E-mail: dep.paulopiau@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Reinholds Stephanes Reinhold Stephanes (PMDB-PR)
E-mail: dep.reinholdstephanes@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Valdir Colatto Valdir Colatto (PMDB-SC)
E-mail: dep.valdircolatto@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados

Quem votou contra mudança do Código Florestal:
Dr. Rosinha Dr. Rosinha (PT-PR)
E-mail: dep.dr.rosinha@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Ivan Valente Ivan Valente (PSOL-SP)
E-mail: dep.ivanvalente@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Sarney Filho Sarney Filho (PV-MA)
E-mail: dep.sarneyfilho@camara.gov.br
Página na Câmara dos Deputados
Ricardo Tripuli Ricardo Tripoli (PSDB-SP)
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Rafael Cruz

Abraços,

Rafael Cruz

Coordenador de campanha
Greenpeace

10 de julho de 2010

complicações do novo código florestal "flavia bernardes"


Prejuízos do novo Código Florestal
começam a ser contabilizados

Flavia Bernardes


Ao invés de punir os agricultores que desmataram até o ano de 2008 no País, o novo Código Florestal, se aprovado pelo Senado, vai isentar o recolhimento de R$ 10,6 bilhões em multas por desmatamentos no País. O calculo, feito pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), foi divulgado no jornal “O Globo”.

Prevista pelo texto do código de autoria do deputado e relator Aldo Rebelo (PCdoB/SP), a anistia aos desmatadores prevê o ‘perdão’ para quem desmatou áreas até julho de 2008.

Além de propor a impunidade dos criminosos da área ambiental, o texto de Revelo evitará que o valor das multas aplicadas entre 1994 a 22 de julho de 2008 seja arrecadado para investimentos na área ambiental.

Ao jornal, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, questionou o fato de se praticar injustiça contra os agricultores que cumpriram a lei e ressaltou que em outros programas do governo há instrumentos utilizados para fomentar a regularização e a suspensão de multas. E que, só após a regularização, é dada baixa na dívida.

No Estado, por exemplo, a aprovação do Código Florestal, conforme proposto por Rebelo, anistiaria a ex-Aracruz Celulose, responsável por desmatar em 2006 uma área de mata atlântica classificada como Área de Proteção Permanente (APP), no Córrego Jacutinga, em Linhares.
Na ocasião, a ação foi programada para ser radical. Foram utilizados sete tratores de esteiras em um dia jogo do Brasil, na Copa do Mundo. O desmatamento foi descoberto, denunciado e contido por pequenos agricultores familiares que chegaram a entrar na frente dos tratores para impedir a derrubada de árvores.

Segundo os produtores, até hoje a área não foi recuperada pela empresa.
O Ministério do Meio Ambiente afirma que interessa regularizar as situações de desmatamento e não anistiar os desmatadores.

A 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF) também contabiliza os prejuízos resultantes do novo código. Segundo o MPF, o substitutivo diminuirá em até 50% os percentuais de proteção definidos pela legislação federal ao diminuir faixas de proteção, excluir categorias de APPs e autorizar ocupações irregulares em áreas urbanas e rurais.

“Para se ter idéia da magnitude dos danos ambientais associados à proposta, tratando do impacto de somente uma das modificações - a dispensa de reserva legal em propriedades com até 04 módulos fiscais - e em uma projeção apenas para os estados situados na região norte do País (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima), poderá haver a redução de cerca de 71 milhões de hectares de área protegida. Esta área é superior à soma de todas as Unidades de Conservação (UCs) federais situadas na Amazônia Legal”, diz a nota emitida pelo órgão.

Se considerada a possibilidade da existência de uma infinidade de posses não cadastradas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a redução das áreas protegidas no País pode ser ainda maior, caso o substitutivo seja aprovado.

Além da anistia aos produtores que desmataram até julho de 2008, e a isenção das pequenas propriedades em relação à preservação da Reserva Legal, o novo código estabelece a redução das matas que protegem os rios.

você é importante!!!

Você é importante

A vida de muitas pessoas provavelmente mudaria se alguém fizesse por onde elas se sentissem importantes.

O professor Ronald Rowland, da Califórnia, contou a experiência que teve com um estudante de nome Chris, no início de suas aulas de artesanato:

Chris era um menino muito quieto, tímido e inseguro, o tipo do aluno que, em geral, não recebe a atenção que merece.

Também dou aulas numa classe avançada que se tornou uma espécie de símbolo de prestígio e um privilégio para o aluno que conquistasse o direito de ingressar nela.

Certa quarta-feira, Chris trabalhava com dedicação na sua prancheta. Com efeito, pressenti que dentro dele ardia um fogo oculto.

Perguntei-lhe se gostaria de entrar na classe avançada.

Como gostaria de poder expressar a fisionomia de Chris!

Quantas emoções naquele garoto de 14 anos de idade, que procurava esconder as lágrimas que afluíam aos seus olhos.

"Eu, Sr Rowland? E o senhor acredita que sou bom para isso?"

"Sim, Chris, acredito que é."

Precisei me retirar nesse momento, porque eu é que estava prestes a chorar.

Quando Chris saiu da classe naquele dia, aparentemente um pouco mais alto do que o habitual, olhou para mim com seus olhinhos azuis e vivos e disse, com uma voz segura: "Obrigado, sr. Rowland."

Chris ensinou-me uma lição que jamais esquecerei - nosso profundo desejo de nos sentirmos importantes.

Para ajudar-me a nunca esquecer desse presente, fiz um pequeno cartaz onde escrevi: "Você é importante".

Este cartaz ficou pendurado na entrada da sala de aula para que todos o vissem. E para que eu lembrasse de que cada aluno que tenho diante de mim é igualmente importante.

* * *

Todos somos importantes. Todos temos algo de especial, que nos faz únicos. Dessa forma, todos podemos aprender com todos.

O pensador Emerson resumiu num pensamento esta ideia. Dizia ele:

Cada homem que encontro é superior a mim em alguma coisa; e nisto posso aprender com ele.

Está aí a sapiência da humildade e a humildade da verdadeira sabedoria.

Está em reconhecer que temos muito de bom em nós. Basta descobrir, conhecer, investigar.

Toda proposta que leve ao autoconhecimento será sempre válida pois, além de revelar o que em nós precisa de reforma, irá mostrar também o que brilha de bom em nosso íntimo.

Por isso, se você hoje está num estado emocional de auto-desvalorização, de automenosprezo, lembre-se que é sua visão que está nublada, distorcida.

Nenhum de nós é insignificante. Todos fazemos falta na esfera social onde estamos envolvidos - família, amigos, trabalho.

Você é importante, e só em você está o caminho que leva para uma vida de felicidade interior.


Redação do Momento Espírita com base no cap. 6, pt. Ii, do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas,de Dale Carnegie, ed. Cia Editora Nacional.

jesus cristo


Show de bola...
“Meu saber é limitado, mas o combinarei com os conhecimentos e opiniões de outros homens inteligentes,inspirados na ética e provenientes de várias disciplinas para ordenar minhas convicções e ações.Tratarei de desenvolver e difundir proposições éticas que contribuirão para a sobrevivência e o benefício da espécie humana”
Potter,V.R. “Bioethics,science of survival”

5 de julho de 2010

Madre Teresa calcutá

O ser ser humano precisa mais de apreciação do que de pão.

Papa João Paulo II

A paz exige quatro condições essenciais: Verdade, justiça, amor e liberdade. [ Papa João Paulo II ]
Salmos 23

23:1 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

23:2 Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.

23:3 Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

23:4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

23:5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.

23:6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.
SALMOS - 91

91:1 Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra
do Todo-Poderoso descansará.
91:2 Direi do Senhor: Ele é o meu refúgio e a minha fortaleza, o
meu Deus, em quem confio.
91:3 Porque ele te livra do laço do passarinho, e da peste
perniciosa.
91:4 Ele te cobre com as suas penas, e debaixo das suas asas
encontras refúgio; a sua verdade é escudo e broquel.
91:5 Não temerás os terrores da noite, nem a seta que voe de
dia,
91:6 nem peste que anda na escuridão, nem mortandade que
assole ao meio-dia.
91:7 Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu
não serás atingido.
91:8 Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a
recompensa dos ímpios.
91:9 Porquanto fizeste do Senhor o teu refúgio, e do Altíssimo
a tua habitação,
91:10 nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à
tua tenda.
91:11 Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te
guardarem em todos os teus caminhos.
91:12 Eles te susterão nas suas mãos, para que não tropeces
em alguma pedra.
91:13 Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do
leão e a serpente.
91:14 Pois que tanto me amou, eu o livrarei; pô-lo-ei num alto
retiro, porque ele conhece o meu nome.
91:15 Quando ele me invocar, eu lhe responderei; estarei com
ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei.
91:16 Com longura de dias fartá-lo-ei, e lhe mostrarei a minha
salvação.
Salmos 121


121:1 Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro?

121:2 O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.

121:3 Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não dormitará.

121:4 Eis que não dormitará nem dormirá aquele que guarda a Israel.

121:5 O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua mão direita.

121:6 De dia o sol não te ferirá, nem a lua de noite.

121:7 O Senhor te guardará de todo o mal; ele guardará a tua vida.

121:8 O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.