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Nada somos e nada conseguiremos, senão através Dele.

"Quando a última árvore tiver caído, quando a último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, a humanidade entenderá que dinheiro não se come". (Autor desconhecido)

Antes de imprimir veja se realmente é necessário. Pense em seu compromisso com o Meio Ambiente.

"O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã."

" Só entendi o valor do silêncio no dia que resolvi calar para não magoar alguém."

"Nada somos e nada conseguiremos, senão através Dele". (pense nisso)

Dedico Este Blog:

À Luz Divina que tudo abençoa, fortifica e transmuta.

A moral da história é simples: se acreditarmos em nós próprios e nas nossas capacidades, conseguiremos sempre atingir os nossos objectivos.


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O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.

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A pior forma de desigualdade é tentar fazer duas coisas diferentes iguais.

Aristóteles

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7 de agosto de 2010

RESÍDUOS SÓLIDOS LODO



RESÍDUOS SÓLIDOS


Valorização do produto obtido na operação de secagem de lodos de estações de tratamento de efluentes

São poucos os casos concretos de revalorização dos lodos de estações de tratamento de efluentes (ETEs), considerados, até o momento, fonte de despesas e problemas. Esta matéria procura abrir uma nova perspectiva.

PREMISSA

Infelizmente, aqui no Brasil, a operação de secagem de lodos ainda é pouco conhecida e de muito má fama.

A aplicação de determinadas tecnologias tem-se apresentado pouco eficazes do ponto de vista técnico, em questão de confiabilidade mecânica e de processo. E, sobretudo, pelos custos finais demonstrados.

Além do fato indiscutível de que várias unidades de secagem de lodos instaladas, seja pelo erro na escolha da tecnologia ou pela procura equivocada de menor custo do investimento, simplesmente nunca funcionaram de forma eficaz.

Todos esses fatores têm impedido a criação de um histórico positivo e até de uma literatura sobre o resultado obtido através de um processo moderno e eficiente de secagem de lodos e as diferentes e possíveis aplicações dos subprodutos gerados por essa operação, já devidamente testado e aprovado em diversos países.

As utilidades do lodo, uma vez desidratado, não são novidade. Existe uma abundante literatura no Brasil e no exterior para demonstrar a relativa facilidade de revalorização deste by product, ou melhor, produto classe A até agora desperdiçado.

O PROBLEMA

Dizem os sábios que um tema só se evidencia quando vira problema.

No Brasil até o momento, o problema das ETE’s era de tê-las funcionando de forma confiável, ou melhor, ainda, de construí-las.

Agora que, praticamente, todos os grandes centros urbanos do país têm se equipado com modernos e confiáveis sistemas de tratamento dos efluentes domésticos e industriais, finalmente estamos colocando a pergunta:

O que fazer com os lodos gerados?

A solução convencional de dispô-los em aterros sanitários ainda é a mais utilizada.

Simples e Pratica: limpa a casa e esconde a sujeira.

Entretanto, se gasta um valor cada vez maior para destruir um produto que também tem um valor intrínseco cada vez maior. Na prática se gasta para perder. Fora das conhecidas conseqüências em termos de impacto ambiental pelas emissões de gases prejudiciais a atmosfera e o conhecido problema do enorme volume de chorume gerado. Sem se deter no perigo de transportar milhares de toneladas de um produto realmente perigoso por longas distâncias, com todo o risco de acidentes e incidentes ambientais.

Projetar uma ETE sem resolver a questão do destino final do lodo significa um trabalho incompleto.

Significa ignorar a realidade ambiental. Sobretudo, significa perder uma futura promissora fonte de renda para a entidade geradora e todo o entorno sócio econômico do empreendimento.

A SOLUÇÃO

Secar significa retirar toda água contida no lodo, até que o mesmo se torne um produto estável, definitivo, estocável, transportável, misturável. Um produto.

A secagem térmica sempre integra e complementa a operação anterior de desidratação normalmente concebida por via mecânica.

A importância de uma boa escolha tecnológica na pré-concentração mecânica (centrifuga, belt-press (filtros prensa), tanques ou tubulações desaguadoras etc.) reside no fato que quanto mais se retira água sem calor, mais eficiente e reduzida se torna a fase térmica.

Atualmente, a maioria dos aterros já não aceita um lodo de ETE que tenha acima de 70% de conteúdo de H2O.

Após a fase de evaporação o teor de umidade final pode variar de 10% até 30-40%, dependendo do destino que é dado ao lodo.

Também é importante frisar que este tema foi exaustivamente debatido num grupo de trabalho instituído pelo Conama que, através da resolução 359 de 29 de Agosto de 2006 chegou finalmente a determinar as condições necessárias para uso do lodo em agricultura.

Conforme esta resolução, não é necessário (aliás, não é especificado) só que o lodo seja seco!

É preciso que se respeitem os parâmetros específicos de contaminação microbiana e eliminação de parasitas para que a disposição em agricultura se torne possível, sem apresentar perigo pela disseminação de doenças através de vetores.

O uso de lodo, uma vez seco sanitizado, padronizado, responde basicamente a duas utilidades:
• Destino Energético
• Destino Agrícola

No campo energético, se consegue um produto final aproximadamente kcal/kg 4.500 praticamente o mesmo PCI de uma madeira molhada.

Já estão disponíveis para receber esta fonte energética alternativa as formas de cimento, com a grande vantagem de encorpar seu conteúdo de metais pesados (quando for excedente ao previsto para disposição na agricultura).

A massa cimentícia pode ser assim, o destino de toda produção de qualquer grande ETE.

Paralelamente, é possível formar briquetes do lodo seco micro-granulado para encaminhar para caldeiras comuns de biomassa, apesar da queima de material desta origem ainda sofrer série de restrições.

Porém, a verdadeira solução está na reciclagem do produto na forma de fertilizante orgânico.

Pode ser colocado sozinho no pé de plantações especificas como o café (ver as exposições pioneiras conduzidas pela Sabesp em Franca SP através do seu projeto Sabesfértil).

Pode servir de forma excelente na agricultura e reflorestamento (ver trabalho desenvolvido pelo Prof. Poggiani da Esalq Piracicaba).

Ou poderia ser utilizado como componente de uma mistura orgânica completa com demais ingredientes (esterco, cascas de ovos etc.).

Assim, o produto poderia ser incluído na atividade cotidiana dos agricultores de médio o menor porte (agricultura familiar).

Ou até já se pode imaginar seu uso na floricultura doméstica, muito pulverizada, porém em constante e explosivo aumento, na medida em que todo cidadão se dá conta de quão é importante restabelecer, até em nível pessoal, um equilíbrio com a natureza.

Proporciona, enfim, uma sinergia entre as entidades públicas de gestão ambiental no sentido que todo esforço de saneamento possa redundar em melhora de parques, jardins, mata ciliar, o moderno conceito de renaturalização de rios e córregos etc.

Também se encontra um enorme campo de utilização do Lodo Seco Sanitizado na recuperação de áreas degradadas, empobrecidas de matéria orgânica (ver experiências da EMBRAPA).

E, no final, toda aquela região do mundo que esta se desertificando e que, longe de ser pobre, poderia pagar valores consideráveis pelo produto oriundo do saneamento que nós de forma superficial jogamos em aterro.

E, sem ir tão longe, porque não jogar nosso lodo desperdiçado no nosso pobre semi-árido Nordestino?

É só um problema de visão e gestão. No Brasil, mais uma vez, tem todas as condições de se fazer isto. Idéias, matéria prima, pesquisadores, ambientalistas, tecnologia aprimorada etc.etc. Só falta fazer.

São Paulo, 25/02/07

Enrico Vezzani
Pós Graduado pela FESP- SP em Meio Ambiente e Sociedade
Diretor da Vomm Brasil
enrico@vomm.com.br

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